Cessem com a lenda da conduta
pois foi por esta que entre braços e pernas alheias lhe perdi
foi-se toda honra de minhas coxas
onde já residiram tuas mãos que
hoje julgam insano o tímido cruzar dos meus braços
o não agudo dos meus lábios
e o sim perplexo dos meus olhos.
Duas oitavas acima
soa o inexorável órgão dentro de mim
perdido entre a vontade da alma e o medo do ego.
O medo ataca capa os sentidos
expõe os nossos músculos a movimentos involuntários,
e tudo pela vaga lembrança dos sábados histéricos,
entre as paredes da cidade de ruas vazias onde nunca lhe tive só lhe perdi.
Sheyla Coelho
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