segunda-feira, 28 de julho de 2008

O amor dos desconhecidos

O grande apelo
Das bocas fugidias
Das velhas canções de amor

O samba falsificado
De tuas pernas brancas.
A cadência incompreensível
De olhares desconhecidos

Hoje estão a caminhar
Nas estradas da pele,
Na identidade de teus dedos.

A tristeza fria dos dias de solidão,
Se aquieta no dia do reencontro,
Onde bocas perdidas,
Sufocam respirações, enganam corações.

E ao calar dos instintos
Renova-se a melancolia do adeus,
Que torna cada encontro secreto,
Enquanto bocas anônimas se beijam,
Em quarteirões e quartos escuros
Por onde o amor que ninguém viu
Evapora-se como surgiu

E o cotidiano fixa-se
Na memória vaga
Dos reencontros possíveis perdidos no tempo.

Sheyla Coelho

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bem dona sheyla! to gostando de ver!!! beijocas!!!